Nascido em Coimbra (1968), Rodrigo Canhão vive actualmente em Santo Varão (concelho de Montemor-o-Velho), onde tem o sortilégio de pintar com os campos do Mondego a espraiarem-se defronte.
Há muito que Rodrigo Canhão assumiu a pintura como vocação a que não apetece renunciar. Autodidacta por opção, a sua trajectória conta com uma passagem pelo Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (de que foi sócio aos dezasseis anos). Nos quadros de Rodrigo Canhão / Pato é visível a consagração de um estilo próprio, independente, quem sabe aqui e ali narcísico, porque de recusa e distanciamento de influências directas de escolas e de mestres.
Começou a expor as suas obras em 1984. Em 1990 fez a sua primeira exposição individual, no IPJ. Desde então tem vindo a apresentar a sua pintura em pontos vários do país (exposições individuais e colectivas): Vila Nova de Cerveira (VIII Bienal e X Bienal), Coimbra, Lisboa, Braga, Vila Real, Viana do Castelo, Póvoa do Varzim, Viseu, Aveiro, Guarda, Póvoa do Lanhoso, Bragança...
As personagens de Rodrigo Canhão, objectos de representação e de multiplicidade semântica, são também uma ficção convincente. Mas se toda a repetição é reforço, é também alteração, mesmo que na continuidade, e continuidade entendida aqui como a omnipresença destas personagens – com a excepção honrosa do “Rochinha” (o mais plebeu e street dog da Quinta das Rochas), que parece querer continuar a subir, chegar mais longe, mesmo já empoleirado no topo da montanha.
Estados de alma atrás de máscaras contaminadas e contaminadoras da verdadeira identidade? Um Pato alter-ego do artista Rodrigo Canhão? (Re) invenções de si mesmo, ou – simplificadamente – auto-retratos? Arte de negação de si próprio? A nada disto o autor das pinturas dá resposta. A inspiração e o estado onírico trabalham pelo pintor, pouco dado a angústias criativas. […].
Teresa Carreiro
Há muito que Rodrigo Canhão assumiu a pintura como vocação a que não apetece renunciar. Autodidacta por opção, a sua trajectória conta com uma passagem pelo Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (de que foi sócio aos dezasseis anos). Nos quadros de Rodrigo Canhão / Pato é visível a consagração de um estilo próprio, independente, quem sabe aqui e ali narcísico, porque de recusa e distanciamento de influências directas de escolas e de mestres.
Começou a expor as suas obras em 1984. Em 1990 fez a sua primeira exposição individual, no IPJ. Desde então tem vindo a apresentar a sua pintura em pontos vários do país (exposições individuais e colectivas): Vila Nova de Cerveira (VIII Bienal e X Bienal), Coimbra, Lisboa, Braga, Vila Real, Viana do Castelo, Póvoa do Varzim, Viseu, Aveiro, Guarda, Póvoa do Lanhoso, Bragança...
As personagens de Rodrigo Canhão, objectos de representação e de multiplicidade semântica, são também uma ficção convincente. Mas se toda a repetição é reforço, é também alteração, mesmo que na continuidade, e continuidade entendida aqui como a omnipresença destas personagens – com a excepção honrosa do “Rochinha” (o mais plebeu e street dog da Quinta das Rochas), que parece querer continuar a subir, chegar mais longe, mesmo já empoleirado no topo da montanha.
Estados de alma atrás de máscaras contaminadas e contaminadoras da verdadeira identidade? Um Pato alter-ego do artista Rodrigo Canhão? (Re) invenções de si mesmo, ou – simplificadamente – auto-retratos? Arte de negação de si próprio? A nada disto o autor das pinturas dá resposta. A inspiração e o estado onírico trabalham pelo pintor, pouco dado a angústias criativas. […].
Teresa Carreiro
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