sexta-feira, 29 de maio de 2009

PEDRO BUENO SALTO
















PEDRO BUENO SALTO

A obra deste pintor galego está, a meu ver, envolta numa espiral de vivências artísticas. Dito por outras palavras, a sua obra evolui em torno de uma forte coerência sem se afastar em direcções indefinidas, mas antes assumidas como uma assinatura sem alterações, independentemente das diferentes emoções vividas em cada partilha com os seus incontáveis interlocutores.
Afirma-se autodidacta e só por si, é quanto basta para melhor percebermos o quão coerente tem sido no constante estudo das técnicas, como e para mim principalmente, daquilo que um artista plástico sempre vê para além do que outros olhares possam contemplar. E arte será sempre um modo de realizar, não tanto uma maneira de pensar. Contudo, uma obra é também ela um projecto que todavia, não depende apenas da sua execução, mas é neste detalhe que se revela o artista.
É nesta sua acção que Pedro Bueno Salto nos confirma ser coerente na sua evolução de uma sensibilidade cultivada, ora nos rostos do mundo rural, ora nas suas máscaras venezianas que nos fixam serenamente, ou ainda nas alegorias de um mesmo mundo onde a figura feminina, sensual e aparentemente indiferente ao olhar do pintor, é-nos mostrada por inteiro, envolta numa bem combinada harmonia cromática. Versátil, o artista não é indiferente aos lugares onde também nós somos xente . E sua Galicia, a “nossa” Galiza, constitui também uma faceta na sua criação artística, cujos cantos e recantos reencontramos nesse seu tão interessante modo de os reinventar. “Gracinhas” Pedro Bueno Salto.

Álvaro Nazareth - 2009






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